sábado, novembro 06, 2010

Dia do riso e um conto do Barão de Munchausen.

            Hoje (6/11) é dia do riso, ou seja, dia de rir, certo? Pensei em escrever algo que fosse engraçado e inteligente ao mesmo tempo, mas posso querer ser mais do que eu sou, e isso não é legal. Explicar o que é o riso fica uma coisa muito chata e sem graça, além do que todos sabem rir e quais os motivos que o levam a rir.
            Nós podemos rir por um sentimento íntimo de alegria, de felicidade, de satisfação ou prazer. Há também aqueles que riem de nervoso, assim como existem também aquelas pessoas sérias, essas são difíceis de rir. Mas vamos deixar um pouco essa coisa chata de lado e vamos ver uma piada inteligente?
      Há algum tempo atrás eu visitei o http://ivancarlo.blogspot.com/2007/06/as-aventuras-do-baro-de-munchausen.html gostei do texto dele e decidi hoje compartilhar convosco, claro que eu fui influenciado por um evento de RPG que acontecera daqui uma semana (13/11/10), mas vou compartilhar convosco essa aventura do Barão de Munchausen: De como meu atraso ao pegar o trem em Londres provocou a independência do Brasil
Um conto Barão, ouvido e transcrito pelo senhor Duque Gian Danton, que jura serem todos os fatos aqui transcritos verdadeiros e desafia para um duelo qualquer um que venha a dizer o contrário
Já é por demais conhecido o fascínio que minha presença exerce sobre as mulheres de qualquer espécie, uma paixão desenfreada que quase me custou a vida quando passava férias na África Meridional. Mas essa é uma história que contarei em outra oportunidade. No momento, vou diverti-los um pouco, aproveitando para dar-lhes algumas lições sobre nobreza e cavalheirismo, contando a história de como a paixão de uma dama inglesa e meu atraso ao tomar o trem em Londres provocou a Independência de um simpático país do Novo Mundo chamado Brasil. 
Talvez não seja de conhecimento de todos que a corte portuguesa precisou ausentar-se momentaneamente de Lisboa, premida que estava pela necessidade de ver e apreciar novos ares e, também, porque Napoleão Bonaparte lhes estava nos calcanhares. 
Uma vez no Novo Mundo, o bom D. João VI percebeu que precisaria deixar um governante nas novas terras quando os homens de Napoleão se cansassem dos fados portugueses. E, fiel ao preceito de que o melhor pirão é o de casa, deixou seu filho, que, no entanto, já se enfadava com as mulheres nativas. Assim, o bom pai prometeu ao filho que lhe enviaria algumas damas européias e, como a Inglaterra era aliada de Portugal, não poderiam vir de outro local esses novos regalos para o jovem príncipe. 
Como nessa época eu estava em visita a Portugal e como era o oficial mais eficiente e mais garboso disponível, fui escolhido para a importante missão de negociar com uma respeitável dama de Londres uma remessa para o príncipe. 
Ocorre que tal dama não só era respeitável, como era também de bom gosto e não se furtou a se apaixonar por mim, de modo que nos enfurnamos em uma casa aos arredores da capital inglesa e quando saí de lá, descobri que o trem já havia partido. 
Como o trem me levaria ao navio, perder o trem era o mesmo que perder o navio, e perder o navio era fracassar na missão. Assim, não tendo o que fazer, voltei para os braços da formosa Dama e nos divertimos mais um pouco. Foi quando me lembrei de um expediente que utilizei quando do cerco a um castelo no qual estava entrincheirado e procurei o responsável pelos canhões da Rainha.
Ele só me pediu uma bola de canhão em troca do que eu lhe solicitava e consegui uma no mercado negro por meras 2 libras. Assim, coloquei-me à frente do canhão e esperei que ele fosse acionado. Assim que ouvi o estrondo, agarrei-me à bola que saía dele e assim fui parar na França. Usando esse método, fui viajando de lugar em lugar até chegar à África a uma rapidez absurda. Infelizmente os canhões africanos mal alcançavam até o meio do oceano Atlântico e tive de nadar o restante para chegar ao Rio de Janeiro. Todos sabem que sou um ótimo nadador e a verdade é que eu teria chegado antes do barco, não fosse a idéia que me ocorreu de levar comigo a bola de canhão como lembrança dessa fantástica viagem, o que, confesso, me atrasou algum tanto. 
O fato é que quando o príncipe viu o navio chegando e não me encontrou a bordo, concluiu que seu pai falhara com ele e decidiu proclamar a independência do país, garantindo assim, para si, um estoque mais constante de moçoilas européias e nativas. Quando cheguei à praia, descobriram o que havia acontecido, mas já era tarde demais. Assim, os entusiastas da Independência me proclamaram bem-feitor e pude comemorar por 10 dias naquelas terras abençoadas pelo sol.
Do dia para noite virei herói nacional e até hoje o dia 31 de março é dedicado à minha memória, dia esse em que os militares brincalhões saem às ruas para comemorar de modo saudável dando tiros para o alto, dançando rumba e derrubando presidentes. 
Senhores, essa é a minha história, na qual asseguro de que todas as palavras são verdade. E, se algum falastrão duvidar, fá-lo-ei engolir uma garrafa de conhaque com vidro e tudo. Agora, se me dão licença, preciso me recolher aos meus aposentos. Há uma dama lá necessitando urgente de meus atributos... e não é lícito deixar uma dama em sozinha em tal estado...
Espero que tenham se divertido, obrigado, Marcio Colli

Um comentário:

  1. Um leve comentário ... "A risoterapia como método terapêutico existe desde a década de 60. Quem assistiu ao filme Patch Adams conhece bem a história. O americano Hunter Adams, conhecido como Patch Adams já implantava o método em hospitais e escolas desde a sua época de estudante. Era comum vê-lo atender seus pacientes com nariz vermelho ou peruca de palhaço." ...e Eu sempre achei esse filme muito haver comigo, e tambem com vc...Lidar com pessoas, cuidar de pessoas, se preocupar com as pessoas, é um dom! Do qual vc tem...e usa de toda forma se doar a quem precisa...Seja amigo, paciente.. parente... internauta... rsrs Vc é um patch adams! :) usa com alegria o dom de cuidar das pessoas! Quero ver vc sempre sorrindo....

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