sexta-feira, janeiro 21, 2011

Mudança.

   É interessante como todos querem mudar o mundo, mas ninguém se preocupa em mudar a si mesmo, aliás, John Kennedy disse uma vez “A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro”. Quantas vezes não vemos a oportunidade de mudar de vida? Quantas vezes perdemos a oportunidade certa simplesmente por acreditar que não era a oportunidade certa para o que estamos procurando?
   Estava pensando nessa possibilidade de mudança, mudança de vida mesmo, de ritmo, de pensamento, de atitude, enfim, mudar tudo. Acredito que essa mudança deva ocorrer de maneira leve, intensa, significativa e radical, mas como isso seria possível?
   Se não vejamos, pegamos o exemplo de uma casa desorganizada, quero deixa bem claro que estou falando de casa interna, ou seja, a casa que temos dentro de nós. Muitos vivem em barracos interno, às vezes até um quartinho, interessante pensar nesse ponto, pois vivemos em um misero quartinho interno enquanto temos toda uma mansão para morar.
   É como o mito da caverna do Platão, quem conhece sabe do que se trata, muitas vezes estamos olhando a nossa sombra se movimentar na parede e pensamos que esse é o mundo que ocorre fora dali, ou seja, uma parede. Não temos noção do tamanho desta casa interna que temos dentro de nossa mente e passamos boa parte da vida trancado nesse pequeno quarto.
   A mudança tem de ocorrer de maneira leve, seria como se saíssemos por uma hora para ver como é este corredor liga até o quarto, outro dia verificar de onde vem esse corredor e pra onde vai, outros cômodos da casa, um por vez, sempre dando tempo ao tempo, temos tempo o tempo todo, embora o tempo seja louco tempo e todo o tempo é tempo, o tempo come o tempo, chega desse papo de tempo, você já deve ter entendido que temos tempo, era isso que eu queria dizer.
   Tem de ser intensa, pois temos que vivenciar essa mudança, acontecer diariamente, todos os dias, interruptamente viajar pra fora do nosso quarto. Mas toda essa intensidade deve ser significativa, apenas olhar e ver como esta não adianta, não resolve, não soluciona, temos de olhar cada canto e cada pequena parte desses outros cômodos, não podemos deixar de notar um vaso de flores que temos ali, não podemos apenas ver o vaso, mas sim qual planta tem ali, e mais do que isso, ver como esta essa planta, sobre qual o estado de conservação e por ai vai.
   Por fim essa mudança necessariamente tem que ser radical, o ditado popular “não basta ser tem que participar”, encaixa perfeitamente nesse ponto de vista que estou explicando, não basta ver algo, ficar olhando e nada fazer. Se você viu e não esta feliz, mude e comece já essa mudança, mas mude por você mesmo e não pelos outros ou porque alguém quer que você mude. A maior mudança vai acontecer contigo quando você mudar por você mesmo.
   Gosto muito da frase de uma musica brasileira que diz “muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente, a gente muda o mundo na mudança da mente e quando a mente muda a gente anda pra frente”, embora eu já tenha dito em outro texto essa frase, nunca é demais relembrar não é mesmo?
   Lendo esse texto não precisa começar agora a mudar pelo fato de eu ter falado isso, a minha intenção é fazer você pensar no tema, se fiz isso, fiz o meu trabalho. Obrigado, Marcio Colli.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Síndrome de Gabriela.




       Depois de receber algumas criticas, sugestões, idéias, elogios e afins sobre o plano de fundo e cor de letra deste blog, tomei a decisão de fazer uma “reforminha” nele. Penso em deixar a leitura mais fácil e o texto mais claro, mas estou aberto a idéias.
       Como todos os meus leitores sabem, eu sou novato nesse negocio de Blog, estou com ele desde novembro de 2010, é um tempo relativamente curto, levando em consideração os meus compromissos, tenho pouco tempo para se dedicar ao Blog. Apesar do pouco tempo que o mesmo esta no ar, o numero de visualizações foi grande e eu agradeço a todos que retornaram.
        Reforma pode ser entendida com a junção do RE+FORMA, onde se percebe que a forma seria como esta ou estava e o re poderia ser entendido como fazer de novo, ou seja, fazer novamente a forma. A idéia é simples, clara, direta e objetiva.
    Fazer uma reforma no mundo exterior é muito fácil, mas fazer reforma no mundo interno é muito difícil, é de natureza no mínimo curiosa pensar que todos querem mudar o mundo, mas ninguém se preocupa em mudar a si mesmo. Dói-me no ouvido alguém fazer alusão a síndrome de Gabriela.
       A síndrome de Gabriela é uma referencia a musica de Jorge Amada e cantada por Maria Bethânia, quem já tem mais de 160 estações de vida (40 anos), com certeza deve se lembrar da novela Gabriela, Cravo e Canela, o verso cantado por ela dizia: “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim... Gabriela... sempre Gabriela”. Tenho certeza que você já se deparou com diversos colegas que falam, pensam e agem desta forma. 
       Mais do que encontrar colegas que falam isso, também falamos assim algumas vezes, isso não significa que temos essa síndrome, até porque para se ter uma síndrome não é uma coisa tão simples assim e mais do que isso ela tem que constar nos manuais de saúde, nesse caso, na área da saúde mental.
      Lidar com mudanças sempre gera barulho interno, barulho interno pode ser entendido como aquela voz interna que discorda do que fazemos ou como estamos agindo, mas continuamos agindo por conta da sociedade em que vivemos se estamos dispostos a mudar, aprendemos a lidar com essas vozes internas e até mesmo domina-las. Mas tudo isso deve ser feito para o seu bem estar e não para o próximo, a mudança acontece dentro de nós primeiro, para depois acontecer por fora.
       Aceitar as mudanças é algo divino e tem que ser considerado como tal, por hoje vou ficando por aqui, espero que tenha feito você pensar no tema, se fiz isso, fiz o meu trabalho. Obrigado, Marcio Colli.